Na janela do
quarto
Eu me debrucei
na janela do quarto
Para ver o dia
que passava,
E rir da calma
extremamente doentia
Que me mantém
sereno.
Precipitam-se
quando dizem ou suspeitam
Do que por
ventura penso no decorrer das horas,
Que subtraio das
que me são apresentadas.
Repreendi-me
achando se tratar de desperdício:
Todo esse
momento de bendita futilidade,
Empregado de
forma vã.
Recuperei a
pureza do primeiro propósito,
A saber, o de
estar ali;
Livre do correr
diário,
Da disputa
cotidiana que embaça a visão,
E redefine todos
os dias minhas prioridades.
Mas ao final das
contas abaixei a guarda e me rendi,
Porque o que
começa está sujeito ao fim.
Mas ainda assim,
saí dali pensando no que vivi diante da janela,
E o que para
felicidade minha abri mão de viver se ali não estivesse.
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