Tudo que faço
Tudo que faço é para me livrar.
Livrar-me de dor que decorre de vestígios pretéritos;
Livrar-me de cismas (estranhamentos),
Frente aos “tudos” que faltam ou que estão a sobejar.
Tudo que faço é para lidar com medos;
Da morte, de mim, do que aconteceu e do que não;
Sem querer, me autossabotar e velar minha contradição,
Para “vigiar e punir” lançando mão de degredos.
Tudo que faço é escolher
Para errar e acertar, viver e morrer;
Continuar enquanto puder me expor
A riscos necessários e vãos,
Para aprender perder e então ganhar
Mais de uma chance (em muitas) nas mãos.
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