domingo, 8 de dezembro de 2019


Ausência e Solidão

Nunca na minha história a ausência foi tão evidente.
Escondo, em vão, de mim esse peso pois apenas suspeito.
Camuflo, com sucesso, aos olhos dos outros o que me dói.
Sim, ausência é dor!
Uma dor que já me sujeitou (e sujeita) aos mais sujos papeis,
Às mais imorais poesias, e inconfessáveis desejos.
Antes era só lamento e queixa: “por que eu?”.
Hoje, julgando-me antigo (experiente),
Aprecio todos os pontos da ausência, minha “contemplação carinhosa da angústia”.
A ausência que me preenche, que me acompanha,
Que me direciona, ...e dorme comigo.
Ah, essa ausência é solidão;
Só pode ser solidão.
Qual sentimento outro se daria o trabalho de mim?
É...eu sou trabalho infindável, um desconforto mil,
Fonte de sentires antagônicos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Minha Porto seguro!!

Senhora de senhores Quem dera fosse apenas um Porto ou um cais. Mas é Ela. Senhora de si, senhora de senhores, uma tirana, uma dominan...